sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Nesse carnaval, está a fim de se misturar?

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Alguns textos da Bíblia nos ensinam a ficar longe das pessoas más porque Deus não quer que elas nos influenciem. Por outro lado, Jesus nos ensina que precisamos chegar perto daqueles que são considerados indignos para mostrar o amor de Deus. Como entender?
Jesus, nosso maior exemplo, esteve ao lado das pessoas rejeitadas por seus pecados, e por isso temos motivos para nos “misturar com gente de má fama e tomar refeições com eles”. Mas, por causa disso, os religiosos acusavam Jesus de conversar com gente indigna, e para piorar, o Mestre elogiava os pecadores que reconheciam o próprio erro e repreendia os religiosos que fingiam ser perfeitos. A ideia é que precisamos nos aproximar das pessoas, principalmente as que mais precisam, sem deixar que as ações erradas delas nos influenciem. Ao mesmo tempo, temos que mostrar a elas, com palavras e ações, que a graça de Deus nos transformou e pode fazer o mesmo com elas.
Na época de Jesus, Roma dominava quase todo o mundo, inclusive os lugares onde Jesus e seus discípulos viveram e andaram. Para cobrir os gastos com as construções e garantir o conforto dos poderosos, o império estabelecia pontos de cobrança de impostos. Quem fazia esse trabalho eram os publicanos. Quem não tivesse dinheiro para pagar perdia os bens e até mesmo a liberdade. O evangelho diz que era justamente esse tipo de gente que se aproximava de Jesus, e ele preferia comer com eles a comer com falsos religiosos. Aliás, Jesus considerava a falsa religiosidade pior do que as ações de um publicano [Lc 18.9-4].
Outras pessoas de má fama também procuravam por Jesus. E elas eram consideradas assim porque praticavam atos imorais, viviam à margem da sociedade ou simplesmente pensavam diferente dos fariseus. Em Jesus, aquelas pessoas encontravam o perdão e a salvação que necessitavam. Ele dividia a mesa e fazia amizade com elas. Reconhecia que, apesar de tudo, havia a imagem de Deus naquela gente.
Assim como nosso mestre, a juventude cristã precisa se misturar, estar perto e ser amiga das pessoas que mais precisam do evangelho: aquelas que escolheram ou foram forçadas a viver sem dignidade espiritual ou social. Os dois tipos de gente sofrem com a opressão do próprio pecado ou do pecado de outras pessoas, inclusive o da nossa omissão. Mas, quando abrimos o coração para amar, os sinais do Reino de Deus frutificam em nossas vidas para transformar a vida de cada um que estiver ao nosso redor.
Ao invés de julgar, nossa tarefa é procurar ser diferentes daqueles religiosos, buscando expressar o amor de Deus a todas as pessoas, de todas as formas, em todos os momentos. E isso se aprende fazendo. Aceita o desafio?

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